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Anúncio do Plano Safra 2024/25 traz alívio para produtores da região

O governo federal divulgou nesta quarta-feira (3), o Plano Safra 2024/25, que disponibilizará R$ 475,5 bilhões para pequenos, médios e grandes produtores. Esse será um valor recorde, que representa aumento de quase 10% em comparação com a safra anterior. Mesmo assim, ficou abaixo das expectativas do setor.

Diretor do Siran, o engenheiro agrônomo Fabio Brancato explica que é muito importante a divulgação do Plano Safra pelo governo federal. Ele explica que neste ano ela aconteceu com atraso, o que causou uma grande ansiedade entre os produtores. “Os produtores dependem do anúncio e as regras para fazerem o planejamento da safra, como, o que e quando plantar “, explica.

Ele comenta que apesar de ser um recorde o montante divulgado, o volume dos recursos disponibilizado ficou abaixo do que era esperado. Além disso, Brancato informa que não houve a redução esperada na taxa de juros, o que frustrou mais ainda os produtores.

“Principalmente neste momento onde a maioria das commodities estão com preços muito baixos, com destaque para soja, milho e o boi gordo. Sem falar no preço dos insumos, que estão muito altos e o ‘poder de troca’ produção versus insumos diminuiu muito nos últimos tempos” , argumenta.

Referência

O presidente do Siran, Thomas Rocco, também comemora a divulgação do Plano Safra 2024/25, que deve ser observado pelos produtores rurais como referência. “É importante a gente sempre olhar para o Plano Safra e ter nele uma base de referência. Neste ano o plano demorou mais tempo para chegar aos produtores, o recurso está escasso, o campo está passando por um momento de pressão, de dificuldade” , comenta.

Ele lembra os associados que o Siran está sempre à disposição para fornecer as informações que forem necessárias para auxiliar na produção e nas ações de desenvolvimento do setor agrícola.

Plano

O Plano Safra 2024/2025, do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para médios e grandes produtores. Segundo o que foi divulgado, serão R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos e R$ 108 bilhões em recursos de LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), para emissões de CPR (Cédulas do Produto Rural), que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. No total, são R$ 508,59 bilhões para o desenvolvimento do agro nacional.

Dos R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões (+8%) será para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões (+16,5%) para investimentos. Já em relação aos recursos por beneficiário, R$ 189,09 bilhões serão com taxas controladas, direcionados para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores e cooperativas, e os outros R$ 211,5 bilhões destinados a taxas livres.

Juros

As taxas de juros para custeio e comercialização são de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% ao ano e 12%, de acordo com cada programa.

O Plano Safra 2024/2025 continuará incentivando o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis. Serão premiados os produtores rurais que já estão com o CAR (Cadastro Ambiental Rural) analisado e os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.

Neste ano safra, o governo federal continua incentivando as boas práticas. A redução poderá ser de até 1,0 ponto percentual na taxa de juros de custeio.

RenovAgro

O RenovAgro (Programa para Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis) incorpora os financiamentos de investimentos identificados com o objetivo de incentivo à Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária.

Por meio dele, é possível financiar práticas sustentáveis como a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação e a ampliação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas, a adoção de práticas conservacionistas de uso e o manejo e proteção dos recursos naturais.

Também podem ser financiadas a implantações de agricultura orgânica, recomposição de áreas de preservação permanente ou de reserva legal, a produção de bioinsumos e de biofertilizantes, sistemas para geração de energia renovável e outras práticas que envolvem produção sustentável e culminam em baixa emissão de gases causadores do efeito estufa.

Uma novidade neste ano safra é que o RenovAgro Ambiental vai possibilitar financiamentos para realizar a adequada reparação ambiental em área embargadas, para que elas possam entrar na legalidade.

Já o RenovAgro Dendê, que tem foco na implantação, melhoramento e manutenção de florestas de dendezeiro, passa a se denominar RenovAgro Palmáceas neste ano. Agora, inclui todas as espécies dessa família com enfoque na produção de energia.

Programas

Na linha de financiamento para investimentos, são 13 programas que proporcionam a inovação e a modernização das atividades produtivas, contribuindo para a continuidade dos ganhos de produtividade, competitividade, emprego e renda.