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13/03/2017- As fascinantes rosas-do-deserto


 Na China, ela é conhecida como árvore da vida ou flor da vida. A rosa-do-deserto ou lírio-impala, cujo nome científico é odenium obesus, é uma espécie que se adapta facilmente ao clima seco e quente, assim como em lugares ensolarados.

Essas características foram favoráveis para que seu cultivo encontrasse mais espaço para crescer na região de Araçatuba, sempre lembrada pelas altas temperaturas. Um dos apaixonados pela espécie é o produtor rural de Birigui César Pantorotto Junior. Ele se deparou com a flor pela primeira vez durante uma visita à feira Agrishow, realizada em Ribeirão Preto. “Quando a vi, achei bonita e diferente e na própria feira adquiri dez mudas da planta para cultivar em casa, sem intenção de vender. A partir daí, comecei a buscar conhecimento sobre a espécie e me surpreendi com a variedade de cores. Então comecei a comprar outras e se tornou um hobby”, conta o produtor.

Quando ele decidiu expandir a produção, há dois anos, comprou sementes importadas da Tailândia, país de origem da flor. Pantarotto Junior também buscou fazer contato com outros produtores para trocar experiências, entre eles Rita Takama, esposa de Sandro Takama, um dos pioneiros no cultivo da rosa-do-deserto, no Brasil.

 

A intenção inicial não era comercializar, mas ao começar ter cores repetidas da flor, ele decidiu dispor para doação, como forma de ajudar instituições sociais da cidade, que poderiam vendê-las e obter mais um meio para levantar recursos financeiros para se manterem. 

 

 

OPORTUNIDADES

 

A produção de flores não é sua atividade principal. Pantarotto Junior é produtor de leite, apicultor e está atuando como vereador no município, mas ele acredita que o segmento, se bem explorado, traz um bom retorno. “Quando elas estão com flores, podem ser vendidas em torno de R$30. O preço depende da raridade da cor e formato. Há flores raras que chegam a ser vendidas por R$500”, detalha. Atualmente, Junior vende no varejo, no atacado e principalmente para os amigos. Todos que o visitam pela primeira vez ganham de presente uma mudinha.  

 

COMO PRODUZIR

O cultivo pode ser por meio de aquisição de semente, estaca ou enxertos. A opção mais rápida de se produzir e ver a flor é ter a parte de baixo da planta e a parte de cima enxertada Essa técnica garante o conhecimento sobre a cor da flor que vai crescer.

Por causa de seus conhecimentos sobre apicultura, o produtor de Birigui desenvolveu uma técnica própria. Ele faz os enxertos de garfagem ou pressão utilizando cera de abelha. “O mel tem muitos nutrientes, o que ajuda a desenvolver o broto e não deixa a umidade apodrecer a planta”, explica.

A coisa mais importante para obter sucesso no cultivo da rosa- do-deserto é fazer um bom substrato. “Eu uso uma receita com quatro elementos: areia grossa, terra vegetal, carvão moído e casca de amendoim, todos em partes iguais. É só misturar tudo e plantar. O segredo é manter o solo bem drenado, porque o acúmulo de água mofa a planta”.

Em sua opinião, o mercado de flores está em expansão e a rosa-do-deserto ainda é uma novidade. Embora a região esteja longe de grandes centros, ela tem clima favorável, e pode ser um bom complemento para pequenos e médios produtores.

Dicas de cultivo:

Existem várias receitas para formar o substrato, a utilizada por Pantarotto Junior é formada por:

areia grossa, terra vegetal, carvão moído e casca de amendoim. Basta colocar os elementos em partes iguais, misturar tudo e plantar.

·         A rosa-do-deserto é uma planta que pode receber luz direta, mas não se adapta bem em climas temperados, como por exemplo, ambientes com ar-condicionado.

·         Uma das maiores causas de perda da planta é por excesso de água. Regar uma vez por semana é suficiente. O segredo é manter o solo drenado, ou seja, sem acúmulo de água para planta não apodrecer.

 

 

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