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13/06/2017- CATI: há 50 anos promovendo o desenvolvimento da agricultura paulista


  

A agricultura está presente em nossa vida diariamente e muito do que consumimos e usamos, dia após dia, provém do campo: leite, pão, carne, vinho, e até nosso vestuário tem origem na agricultura. O agronegócio possui um papel vital para o bem estar da população e fundamental para os municípios na geração de emprego e renda, além de minimizar os impactos do crescimento urbano, aumentar as receitas e contribuir com a economia. A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), que completa 50 anos no próximo dia 20 de junho, com sede em Campinas, tem participação ativa na agricultura paulista com a missão de promover o desenvolvimento rural no Estado de São Paulo. Para comemorar a data e a atuação sólida na agricultura paulista, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) promove no próximo dia 19 (segunda-feira), em sua sede, na cidade de Campinas, um evento que trará food trucks, produtos comercializados por produtores rurais atendidos pela CATI, como frutas, hortaliças, doces, mel, pimenta e sucos, desconto de 50% na compra de mudas produzidas pela CATI, apresentações de indígenas e quilombolas, além da presença de uma iniciativa inédita: o primeiro envase móvel de vinho do Brasil, que só foi viabilizado graças ao apoio de um Projeto executado pela CATI.

 

Importância

No Brasil, o agro responde por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e, recentemente, cumpriu a promessa de tirar a economia de um ciclo de oito trimestres de queda. Não fosse a boa surpresa da agropecuária este ano, a economia brasileira teria mais um trimestre de PIB negativo, afinal o setor cresceu 13,4%, maior alta em mais de 20 anos.

Os dados comprovam como é estreita a ligação dos brasileiros com um setor que, muitas vezes, pode não parecer tão próximo, especialmente para quem vive no perímetro urbano e não convive diretamente com o segmento agropecuário.

Além de todos os alimentos e bebidas que consumimos diariamente, muitos outros produtos que utilizamos no nosso cotidiano vêm do agronegócio. Como, por exemplo, a borracha, nossas roupas e sapatos, confeccionados em algodão, seda ou couro, entre inúmeras outras opções. Boa parte de nossas demandas diárias têm algum insumo proveniente do agro ou são produzidas inteiramente dentro desse setor. O campo influencia diretamente o desenvolvimento econômico e social das cidades, trazendo indústrias, serviços, comércio e opções de emprego que não estão diretamente relacionadas ao agro, mas só são viáveis por sua causa.

 

 

Na RMC

 

De acordo com o último Censo Agropecuário feito pela CATI em parceria com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), a maior área plantada em Campinas é de pastagens, com 24 mil hectares, o equivalente a 1,6 mil estádios do Maracanã, seguida do eucalipto com 3,9 mil hectares, além de milho com 1 mil hectare, café com 400 hectares e goiaba com 300 hectares. Mas são as propriedades menores de fruticultura e hortaliças as maiores geradores de emprego no campo. São mais de 4 mil trabalhadores permanentes e 1,8 mil familiares trabalhando nas propriedades.

De acordo com o engenheiro agrônomo Daniel Pinto da Silva Kramer, assistente de cadeias produtivas da CATI, o município de Campinas obtém destaque na produção de goiaba branca de mesa. “A RMC é muito forte com relação à fruticultura, sendo responsável, por exemplo, por 85% da produção de goiaba branca de mesa cultivada no Estado de São Paulo. A goiaba branca de mesa teve seus primeiros plantios comerciais na cidade de Campinas, porém muitos campineiros não sabem disso”, afirmou. Em Campinas, são mais de 45 mil hectares de área cultivada em cerca de mil propriedades rurais ativas e com exploração agropecuária.

 

 

Projetos na RMC

 

Responsável por promover o desenvolvimento rural sustentável e a competitividade agrícola paulista, com propostas voltadas ao mercado consumidor e que visam ao aumento das oportunidades de emprego e renda para os agricultores familiares, o Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado tem levado a todo o Estado de São Paulo avanços significativos. Na região de Campinas o destaque fica por conta de três cooperativas que mudaram de vida após os recursos viabilizados pelo Microbacias II. Em apenas três cooperativas, mais de R$ 3 milhões foram investidos.

No município de Amparo, em uma agroindústria de vegetais minimamente processados, inaugurada com investimentos do Microbacias II, 45 cooperados colhem os frutos que são resultado de uma boa produção e o apoio técnico da CATI. O valor do projeto foi de R$ 1,1 milhão, sendo apoiados pelo Microbacias II R$ 796 mil e o restante como contrapartida. Em apenas seis dias de vendas ao varejo após a inauguração da agroindústria, os pequenos e médios produtores de Amparo e região receberam a visita de 1.150 pessoas e faturaram R$ 15 mil.

Com os investimentos do Microbacias II, além da agroindústria, foi possível adquirir a estrutura da feira como bancas, balança, balcões refrigerados, sistema de emissão de nota fiscal e outros. “A assistência que os técnicos da CATI oferecem nos campos colabora significativamente com a melhora da qualidade da produção e permite que os produtores repassem à sociedade produtos frescos e de qualidade. Já os investimentos proporcionados pelo Projeto do governo mudaram nossas vidas. Sem eles não conseguiríamos estar onde estamos”, diz Bento Franco de Lima, presidente da Coopciag.

No município de Jundiaí, duas cooperativas mudaram de vida após os recursos do Projeto Microbacias II. Na Cooperativa Agrícola dos Produtores de Vinho (AVA) uma iniciativa inédita no País despertou a curiosidade da imprensa e do público. Trata-se de um caminhão de uma vinícola móvel, que recentemente completou um ano.

Orçado em R$ 764,5 mil, o caminhão teve R$ 535 mil financiados por meio do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado, do Governo paulista e do Banco Mundial; e os R$ 229 mil restantes foram pagos pelos cooperados. A capacidade de envase da unidade móvel é de 500 a 800 garrafas por hora.

O processo de envase na AVA começa com a elaboração e o envelhecimento do vinho em cada uma das propriedades. Quando a bebida está pronta para o consumo, uma bomba de sucção aspira o vinho para os tanques de filtragem da unidade móvel, construídos em aço inox e à prova de micro-organismos. Paralelamente, outro maquinário lava e higieniza as garrafas. Os passos seguintes são automatizados e já na garrafa: a transferência do líquido, colocação de rolha, rótulo e cápsula.

Por fim, também em Jundiaí, a Cooperativa Agrícola Nossa Senhora das Vitórias (NSV Frutas) adquiriu com recursos do Projeto equipamentos para classificação de frutas, beneficiamento e embalagem no valor de R$ 1,1 milhão, sendo apoiados R$ 799,7 mil e o restante contrapartida dos cooperados. As máquinas embaladoras adquiridas foram responsáveis por um aumento inicial de 30% na produção. Além disso, um elevador permitiu o acesso ao segundo andar do galpão onde foi estruturada uma nova linha de montagem.

 

 

CATI e o Censo Agropecuário

 

O compromisso com a produção sustentável é um tema de grande importância e que tem impacto direto em nossas vidas. O Estado de São Paulo está na vanguarda da criação de políticas para garantir resultados concretos em preservação ambiental, como o Levantamento Censitário das Unidades de Produção agropecuária do Estado de São Paulo (LUPA), executado pela CATI e pelo IEA.

O LUPA é um instrumento utilizado para fotografar a realidade da produção agropecuária paulista, visando à elaboração de um diagnóstico que permitirá um maior planejamento e dará consistência às políticas públicas de apoio aos produtores.

“Esse levantamento é primordial, principalmente neste momento, em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) anunciou que não irá realizar um censo agropecuário nacional”, afirmou o secretário da SAA, Arnaldo Jardim. O LUPA está em fase de coleta de informações e deve ser finalizado até o fim do ano.

Fonte: Assessoria de Comunicação CATI - Centro de Comunicação Rural (Cecor)

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