A exportação de gado vivo foi o assunto de um curso realizado com o apoio do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), no dia 25 de fevereiro, no Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado. O especialista no assunto e empresário do agronegócio, Adriano Caruso, explicou como acontece a negociação com mercados internacionais, sobre o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), Estabelecimento Pré-Embarque (EPE), como deve ser a contratação do transporte marítimo, preparação logística e operacional, preparação do gado para embarque, comercialização, entre outros temas.

“O pecuarista precisa se fortalecer, com mais informações sobre pecuária e aprender a realizar a venda direta ao mercado, seja frigorífico ou outros comércios dos países importadores. Para começar,é preciso ter mais união entre os próprios pecuaristas para que possam vender mais e aproveitar as oportunidades, porque de repente um cliente precisa de uma determinada demanda e sozinho não dá para atender, por isso também por meio de cooperativa é uma alternativa”, disse Caruso.

MERCADO

O especialista aponta que o mercado mundial possui uma demanda de 5 milhões de cabeças. O Brasil possui capacidade de atender pelo menos 30% dessa demanda, por ano, o que corresponde a 1,5 milhão de cabeças. Mas precisa melhorar questões sobre estrutura, transporte e difusão da informação para alcançar melhores resultados.

A exportação de gado vivo deve cumprir uma série de obrigações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, como por exemplo a Instrução Normativa 46. Um dos fatores que motivam esse modo de exportar o produto é a religião, de alguns países compradores, nos quais, realizam um ritual no abate.

Os principais clientes internacionais são Iraque, Egito, Líbia, Irã, Turquia, China, também estão em fase de conclusão os acertos sanitários para também comercializar para a Malásia, Indonésia e Marrocos.

Em 2018, foram mais de 760 mil cabeças exportadas, para este ano, a previsão é de exportar 1 milhão de cabeças.