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01/03/2018- No AgriFutura, CATI apresenta inovações tecnológicas e de produção


Nos próximos dias 3 e 4 de março, em São Paulo, será realizado o AgriFutura, um evento organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), que tem como objetivo apresentar as tecnologias mais recentes voltadas ao setor agropecuário.

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão de extensão rural da SAA, apresentará, em seu estande, alguns equipamentos tecnológicos usados por suas equipes e tecnologias de produção voltadas à agricultura. Além disso, o coordenador da CATI, João Brunelli Júnior e o engenheiro agrônomo José Augusto Maiorano, diretor da CATI Regional Campinas, serão moderadores de palestras do “AgroFórum”, que serão proferidas no sábado, dia 3. Veja a programação no link: http://agrifutura.com.br/wp-content/uploads/2018/02/programacaosite.pdf

Conheça as ações que serão apresentadas no estande da CATI:

Tecnologia contribui para a realização do Censo Rural Paulista

Para realizar, em 2017, o Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (LUPA), um Censo Rural Paulista, em 324 mil propriedades rurais do Estado de São Paulo, técnicos da instituição utilizaram o Personal Digital Assistent (PDA), microcomputador de bolso. A ferramenta possibilitou que as informações, antes preenchidas a mão, fossem feitas digitalmente, otimizando o trabalho de toda a equipe. Além das funções de um computador, o aparelho possui GPS de navegação e uma câmera fotográfica com georreferenciamento, que pode auxiliar o mapeamento de áreas rurais. Para que o PDA funcionasse adequadamente, um software específico foi desenvolvido por profissionais da área de informática da CATI e do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão também vinculado à SAA. Os servidores foram capacitados a utilizarem a nova tecnologia e não mostraram dificuldade para captar e transferir os dados coletados.

Software realiza o diagnóstico da composição nutricional da atemoia

Os produtores de frutas poderão conhecer um software que faz o diagnóstico da composição nutricional da atemoia, tendo como base a análise foliar.  Batizada de CND (Compositional Nutrient Diagnosis = Diagnóstico da Composição Nutricional), a ferramenta foi desenvolvida com a união de esforços de pesquisadores, extensionistas, produtores rurais e universidades. Estiveram integrados a CATI, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Registro, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Associação Paulista dos Produtores de Caqui (APPC) de Pilar do Sul, município vinculado à CATI Regional Itapetininga, e o desenvolvimento do software teve início com trabalhos em campo nas safras dos anos agrícolas de 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.

 “A utilização do software é simples e prática, sendo necessário apenas ter em mãos a análise foliar da cultura. Um dos resultados dessa ferramenta é a produção de frutos de melhor qualidade”, avalia Danilo Eduardo Rozane, engenheiro agrônomo da Unesp em Registro e coordenador do software, que complementa: “A atividade citrícola exige, para a efetiva permanência do empresário agrícola no campo, o emprego de todas as ferramentas e inovações tecnológicas disponíveis que possibilitem a obtenção de elevada produtividade, com redução de custos e minimização de riscos de contaminação do ambiente”.

O extensionista da CATI Regional Itapetininga, engenheiro agrônomo Luiz Carlos de Carvalho Leitão, afirmou que a ferramenta é um marco histórico na cultura da atemoia, uma vez que inexistiam recomendações de adubação específicas para a cultura: “Essa deficiência obrigou os fruticultores a nutrirem as plantas de forma empírica, o que levou a muitas distorções como, por exemplo, o gasto excessivo de fertilizantes, especialmente fósforo”. O produtor de atemoia José Carlos Vieira Pinheiro, administrador do Sítio Paineiras do Iratí, em Itapetininga, comentou que nos dias de hoje o produtor rural tem que se profissionalizar, utilizando todas as ferramentas disponíveis. “O CND-Atemoia, além de gratuito, é inovador na forma de aprendermos sobre as plantas. A análise de solo, por exemplo, diz o que o que há na terra e esse software nos mostra o que a planta está precisando. Vou utilizar, com certeza", afirmou o produtor.

Terra Diatomácea – CATI inova com tratamento natural de sementes em escala comercial

Agricultura em harmonia com o meio ambiente. Essa é uma das diretrizes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento para o Estado de São Paulo. Cumprindo o seu papel de promotora do desenvolvimento rural sustentável, a CATI busca, em cada ação, adotar e incentivar novas tecnologias que garantam produtividade e renda ao agricultor, com conservação ambiental. Durante o AgriFutura, os visitantes poderão conhecer uma dessas inovações: a terra diatomácea - produto mineral que funciona como defensivo natural, em substituição ao tratamento químico. Testado e implantado pelo Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da CATI, o uso da terra diatomácea nas variedades de milho está aprovado! O tratamento em escala de sementes é uma ação da CATI que é pioneira no País (as grandes empresas produtoras de sementes utilizam majoritariamente o tratamento químico) e os resultados têm sido excelentes”, avalia Ricardo Lorenzini, diretor do DSMM.

A substituição do tratamento químico convencional pelo tratamento com a terra diatomácea traz inúmeras vantagens: maior período residual do produto para controle dos insetos-pragas, segurança no trabalho para os colaboradores, segurança alimentar para os consumidores e preservação do meio ambiente. “O produto é aplicado às sementes armazenadas e o pó adere aos insetos-pragas (carunchos, gorgulhos, besouros e traças). A sílica tem capacidade de desidratá-los, matando-os em período variável de um a sete dias, dependendo da espécie-praga”, avalia o engenheiro agrônomo Márcio Mondini, diretor do Núcleo de Produção de Sementes de Paraguaçu Paulista e responsável pelo projeto-piloto desse tratamento.

Outro grande benefício é o fato de que pode ser utilizada na agricultura orgânica, visto que a terra diatomácea é um produto aceito por todas as certificadoras que auditam e fiscalizam propriedades rurais e empresas de produção orgânica. Atualmente, é o único produto permitido que controla com eficácia os insetos-pragas de grãos e sementes armazenadas, possibilitando ao produtor orgânico armazenar seu produto por mais tempo.

Micropropagação de mudas in vitro

Uma das ações realizadas também pelo Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM)  da CATI é a produção das matrizes  de mudas, em laboratório, feita via micropropagação, que é um conjunto de técnicas que permite que as plantas sejam desenvolvidas in vitro, com padrão de qualidade, ausência de vírus, fungos e bactérias. Estarão expostos, no estande da CATI no AgriFutura, os vidros, para que os visitantes conheçam, de perto, o processo e esclareçam dúvidas.

“A matriz que produzimos em laboratório é o início de tudo. Ela é a planta que dará origem à muda, que por sua vez produzirá a fruta. Matrizes de qualidade são os alicerces da produção”, informa Ricardo Lorenzini, diretor do DSMM, complementando que cada matriz pode dar origem de 500 a mil mudas. Além da qualidade da matriz, que apresenta uniformidade e vigor, a cultura in vitro permite a produção em massa, em qualquer época do ano; independentemente das condições climáticas. Dessa forma, os produtores de mudas poderão ser atendidos sem interrupção e oferecer ao mercado produtos de qualidade.

Em janeiro deste ano, foi inaugurado, em Tietê, o novo Laboratório de Micropropagação de Mudas, pertencente ao DSMM. O nível de excelência das instalações e dos maquinários instalados, em um espaço de 275m², assegura todos os cuidados sanitários e fisiológicos que garantem um sistema de micropropagação eficiente e de elevada qualidade com economicidade, o que resulta na melhora da qualidade do morango com menor uso de agroquímicos, beneficiando a todos os consumidores. O laboratório está apto à produção anual de 100 mil plantas matrizes de morangueiro, possibilitando o atendimento para mais de 40 produtores de mudas da espécie em nosso Estado paulista. Outras espécies como a banana e a mandioca, por exemplo, também poderão ser ali multiplicadas com a mesma qualidade genética e sanitária.

 

Fonte: Roberta Lage

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