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14/07/2017- Tecnologia que traz rentabilidade


A Expô Araçatuba recebeu o 3ºEncontro de produtores de Cana da Região de Araçatuba, organizado pela Coopercitrus em parceria com o Siran. Cerca de de 150 participantes puderam saber mais sobre o uso da tecnologia para rentabilizar os negócios, com explicações sobre a agricultura de precisão, meiosi com mudas pré-brotadas (MPB) e as perspectivas do setor para os próximos meses. Também houve a apresentação dos serviços oferecidos pela Coopercitrus e o banco Credicitrus.

“Além de maior controle nas propriedades, a agricultura de precisão pode ajudar na maior assertividade de todas as operações no campo, além de maior produtividade, porque ela é importante para análise do solo e aplicação de corretivos. Com o Vant, que é o drone, por exemplo, é possível fazer levantamentos topográficos, que proporcionarão informações para projetos de plantio”, explica Renato Douglas Pereira Junior, especialista em agricultura de precisão da Coopercitrus.

Um dos equipamentos em destaque no evento foi o quadriciclo que retira amostras georreferenciadas para apontar com precisão as necessidades do solo. O equipamento possui amostrador de comando automático, computador de bordo e GPS.

MEIOSI E MPB

O engenheiro agrônomo da Coopercitrus Marcos Antônio Zeneratto, explicou a respeito de meiosi com MPB. A meiosi é um método intercalar ou interrotacional que acontece simultaneamente (o produtor pode intercalar plantios de soja, milho, amendoim, entre outros). E a MPB foi mostrada como vantajosa ao produtor por possuir 100% de sanidade, devido ao processo de multiplicação realizado em laboratório, que proporciona mudas de alta qualidade. “Com o uso da meiosi e MPB, o produtor ficará livre de raquitismo de soqueira e escaldadura, livre de misturas, produção de mudas com idade ideal, com maior vigor de brotação, redução de tráfego de veículos no plantio e diminuição de custos na implantação da lavoura”, explicou Zeneratto.

PERSPECTIVAS

Matheus Kfouri Marino, especialista em estratégia empresarial da Markestrat, doutor em administração pela FEA-USP e mestre em engenharia de produção pela Ufscar, falou aos participantes sobre os aspectos econômicos e políticos que influenciam o setor e o que esperar do mercado da cana para os próximos meses. “Um dos principais desafios do setor é superar o endividamento e a alavancagem financeira. Isso é um problema, por consequência, boa parte de tecnologia não é aplicada e há queda da produtividade. A cana-de-açúcar é a única cultura no Brasil que estabilizou sua produtividade nos últimos dez anos. A perspectiva da safra atual é muito parecida com a safra passada. Num ambiente de instabilidade política, como este que estamos vivendo, todas as decisões que precisam ser feitas, em termos de governo, ficam paralisadas”, analisou Marino.

Ele também destacou que grande parte dos problemas do setor está associada à má gestão, por isso é preciso atenção na incorporação de novas tecnologias, adubação com taxas variadas, pulverização localizada, aperfeiçoamento da colheita, torração de cultura na renovação, ser preventivo e não curativo, ter cuidado com soluções mirabolantes e fazer o básico bem feito. Também é esperado um momento de sucessões na gestão, redução de cana própria, dificuldade de expansão no médio e longo prazo, retomada da atração de investidores ou aquisições.

Os slides com a apresentação do especialista, números e análises do setor, está disponível no site http://siran.com.br/acervo/acervo.asp

Fonte: Micheli Amorim - Facilita Conteúdo / Assessoria de Comunicação do Siran

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