O Senar/Faesp desenvolve com o apoio do Siran, desde março, um programa de turismo rural no assentamento Chico Mendes, em Araçatuba. O objetivo é promover conhecimento entre os produtores sobre como agregar valor à propriedade.

O programa é constituído por uma série de cursos relacionados entre si, permitindo que eles desenvolvam com segurança essa atividade econômica. As ferramentas oferecidas auxiliam os 20 participantes na identificação de oportunidades e a implantar um negócio de turismo, de acordo com os recursos encontrados no meio, aliados às habilidades e vocações do produtor rural e sua família. 

 “Eu quis fazer o curso, porque eu e meu esposo tínhamos um sonho de abrir uma pousada e o aprendizado ampliou as possibilidades. Fico feliz de ver esse movimento em nossa comunidade, porque é uma maneira de realizar esse sonho. Eu vejo a importância do programa na possibilidade de aproveitar o potencial que a região tem. Aqui estamos num lugar muito bonito, que chama atenção, então temos uma maneira de oferecer descanso para as pessoas com a experiência da área rural. Também aproveitar esse potencial em atividades diferenciadas que podem auxiliar a economia da comunidade e termos um ganho financeiro interessante”, disse Luecy Câmara da Silva, uma das participantes.

O instrutor do Senar, Antônio Carlos Covolan, explica que o programa também contribui para que o assentamento possa se tornar cada vez mais independente, estimula a organização comunitária e promove o aproveitamento da Casa de Praia, localizada às margens do Rio Tietê, onde o loteamento se localiza. Essa casa é uma área de lazer comum do assentamento, sob o domínio de quatro associações. “Estamos trabalhando essa área como atrativo turístico, então eles já estão montando restaurante e um camping, em parceria com a Prefeitura de Araçatuba e o Incra (Instituto Nacional e Colonização e Reforma Agrária); o Senar cuida da capacitação”, diz Covolan.

Ele também compartilha um caso de sucesso de turismo rural, na cidade de Urânia, e que serve de inspiração para Araçatuba. Lá um produtor utiliza a propriedade para oferecer uma experiência memorável, trabalhando num diferencial. Os visitantes podem colher os próprios morangos. Por ano, são 20 toneladas da fruta, vendidas a R$30 o quilo. Esse produtor elimina custos e agrega valor. Todos pagam à vista e raramente reclamam do preço. O último módulo do programa acontece em dezembro.

Fonte: Micheli Amorim/Facilita Conteúdo