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14/06/2020- Aumenta a procura por touros nelore para melhoramento de rebanhos de corte e de leite


A pecuária brasileira é especialista em produzir touros que são melhoradores, principalmente da raça nelore, que é o alicerce do plantel nacional representando cerca de 80% do rebanho de corte do país. “Ela (a raça) tem papel preponderante para a nossa pecuária. Nelore é a carne do Brasil”, destaca o presidente da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), Nabih Amin El Aouar.

Vigorosos, de ossatura robusta, com musculatura compacta e bem distribuída, com a masculinidade e a feminilidade acentuadas, dóceis, os animais da raça proporcionam importantes impactos econômicos aos produtores, como aumento da produtividade do rebanho, por conta da precocidade, com ganho de peso em menos tempo, maior rotatividade de criação, e aumento na renda do criador.

E isso vale tanto para o rebanho de corte quanto para o leiteiro, como comprova o engenheiro agrônomo Sérgio Gottardi Paoliello, do Nelore do Boitel. O criatório de Araçatuba (SP) fomenta o investimento e a evolução da atividade de corte e leiteira por meio da comercialização de touros. “A atividade pecuária é dinâmica. De tempos em tempos ela se reinventa. De cinco anos pra cá, aumentou a procura de produtores de leite por touros nelore, pois isso te dá bons bezerros, machos ou fêmeas, e além da sua renda com leite, você pode colocar dinheiro a mais no bolso na desmama dos bezerros”.

Mas ele faz uma ressalva. Para que a bezerrada seja de qualidade superior, o touro tem que ser um animal selecionado. “Não pode ser qualquer nelore. No frigorí­fico, é notória a diferença na carcaça e no peso entre um animal selecionado e um não selecionado. Animais da mesma idade, de mesmo manejo nutricional, de um mesmo ambiente, apresentam carcaças e pesos bem diferentes. Ou seja, ­fica bem claro a importância do melhoramento genético. O investimento vale a pena, a relação custo x benefício é muito vantajosa”, a­firma.

Autoridade

Quem tem mais de 70 anos de seleção a pasto, utilizando genética aprovada e consagrada, tem autoridade para dizer que o mercado pecuário passa por um momento ímpar, com crescimento do mercado de exportação de carne bovina brasileira. “O mercado de gado de corte está ­firme e forte. E a nossa expectativa é que cresça cada vez mais”, comenta Sérgio Paoliello.

A história do Nelore do Boitel começou em 1949, com o sogro de Paoliello, Dr. Alberto Franco do Amaral (AFA), quando comprou as suas primeiras novilhas. Sérgio e sua esposa Catharina assumiram o empreendimento em 1980, ao lado de Dr. Alberto, que faleceu em 1990. Em 1993, o casal registrou a marca Nelore do Boitel (SGP). “O animal de maior destaque do criatório é o touro Rausor do Boitel, que nasceu da parceria com amigos nossos de Birigui. Trata-se de um animal muito fértil, com o maior perímetro toráxico da raça, de boa musculatura e de uma docilidade incrível. As ­filhas do Rausor têm excepcional habilidade materna, são dóceis e também são boas leiteiras, desmamando os ­filhos com muito bom peso”.

Os touros do Nelore do Boitel estão aptos a melhorar a produção de qualquer vacada, seja nelore, fortalecendo as características raciais dos bezerros, ou mesmo em uma vacada cruzada (girolando, por exemplo), produzindo bezerros tricross (cruzamento triplo, o mais curto caminho para a produção do novilho superprecoce) de alta qualidade para um mercado de corte específico que busca esse tipo de mercadoria. “E aqui nós temos preço justo e ­financiamento facilitado”, garante Paoliello. Vale a pena conferir.
Fonte: Marcelo Teixeira

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