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30/05/2023- Casos atípicos de “vaca louca” não precisam mais ser informados à Omsa


Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) aprovou uma resolução que desobriga os países a notificarem os casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como o "mal da vaca louca". Agora apenas os registros de episódios clássicos da doença deverão ser informados à autoridade sanitária.

Representantes brasileiros que participaram da 90ª Assembleia Mundial de Delegados da OMSA, na semana passada, em Paris, na França, comemoraram a medida.

A expectativa é que a nova orientação possa ajudar o Brasil na revisão de protocolos sanitários com importantes parceiros comerciais, principalmente com a China, e assim e evitar novos embargos para exportação de carne bovina brasileira.

"É um ganho muito positivo para países como o Brasil, pois pode favorecer em futuras discussões técnicas de revisão de protocolo com os países importadores", informou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, em nota divulgada nesta segunda-feira.

O Brasil nunca registrou um caso clássico da doença, mas já reportou seis episódios atípicos de EEB em 23 anos de vigilância no país. O mais recente foi em fevereiro, em um animal de nove anos de idade de uma fazenda no Pará.

Como parte do protocolo com a China, o caso foi notificado e o Brasil suspendeu as exportações de carne bovina. O embargo durou 29 dias, até Pequim decidir retomar as compras. Em 2021, quando o país reportou outros dois casos atípicos, as vendas ficaram interrompidas por mais de 100 dias, com forte impacto no setor produtivo.

O governo brasileiro deve propor mudanças no protocolo sanitário com a China ainda este ano. A expectativa é que o tema entre na pauta da reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que será realizada em agosto. A resolução aprovada pela Omsa deve favorecer essas negociações.

O acordo para exportação de carne bovina do Brasil para a China foi firmado em 2015, quando ainda não havia distinção entre os casos atípicos, que ocorrem de forma espontânea em animais velhos e não geram riscos à sanidade do rebanho ou à qualidade da carne, e os clássicos.

 

Fonte: Globo Rural 

Fonte: Marcelo Teixeira

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