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04/06/2020- O agro avança


 No cenário de terra arrasada na economia brasileira por causa do novo coronavírus o agronegócio avança. O setor foi o único a registrar alta no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no 1º trimestre deste ano, na comparação com os três últimos meses de 2019, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


O crescimento foi leve, de 0,6%, mas de extrema importância, impulsionado principalmente pela safra da soja que tem, inclusive, perspectiva de recorde para este ano. Os demais grandes setores da economia (indústria e serviços) sucumbiram aos primeiros efeitos da pandemia da Covid-19, que os obrigou a reduzir o ritmo ou mesmo fechar as portas diante das medidas de isolamento implementadas em março.

Por ser essencial à alimentação, assim como para a produção de insumos básicos a diversas outras áreas, o agronegócio não para. Note-se que não foi a agroindústria que puxou a alta, e sim a atividade primária. Com a safra plantada e boas condições climáticas, o resultado veio mesmo com a retração de renda do brasileiro.

Com um crescimento esperado de até 3% neste ano, contra uma retração da economia que pode chegar a 7%, de acordo com algumas previsões, a agricultura e a pecuária mantêm-se firmes e fortes no mercado internacional, mesmo durante a pandemia.

Posicionado como significativo fornecedor de alimentos, o Brasil conquistou novos mercados em meio ao abalo global, batendo recorde em exportações agrícolas, turbinadas pela alta do dólar provocada pelas crises sanitária e econômica. Segundo o Ministério da Agricultura, 21 novos mercados foram abertos a produtos agropecuários brasileiros desde março, quando a pandemia se instalou no mundo. Os acordos envolvem suínos, aves, carnes e lácteos em onze países: Argentina, Colômbia, Peru, EUA, Irã, Taiwan, Tailândia, Emirados Árabes, Egito, Marrocos e Austrália.

Dados compilados pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostram que as vendas de agricultores e pecuaristas a outros países registraram alta de 5,9% nos primeiros quatro meses deste ano, com vendas totais de US$ 31,4 bilhões. O ganho chega a US$ 1,75 bilhão, na comparação com o mesmo período de 2019. Assim, o agro brasileiro tem a possibilidade - essa é uma tendência real - de, após a pandemia, ser ainda mais significativo do que já é para todo o planeta.

Ao mesmo tempo, apesar das restrições de mobilidade, os produtores conseguiram manter o abastecimento interno no momento em que os brasileiros priorizaram a compra de alimentos. Que a sociedade saiba que pode e deve sempre contar com o agronegócio, não só agora neste momento delicado que o mundo está enfrentando, mas em todas as situações.

O agro sempre será a base para o abastecimento de todos os povos. No nível individual, a dica é que cada um apoie e incentive o produtor rural, compre na feira e no mercado da sua cidade, dando preferência aos produtos nacionais, e assim faça a roda da economia girar.

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