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29/05/2020- Produção e manejo de mudas nativas para reflorestamento é tema de curso gratuito


Produtores e trabalhadores rurais de Birigui (SP) estão aprendendo a produzir mudas de árvores nativas da região para reflorestar áreas de preservação ambiental. A sala de aula é o viveiro municipal, onde eles participam do segundo módulo do curso Viveirista – Manejo de Mudas nativas, promovido pelo SIRAN (Sindicato Rural da Alta Noroeste), em parceria com o SENAR-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e a prefeitura de Birigui.

A duração é de 16 horas, divididas em dois dias. Por causa da pandemia, seguindo orientações das autoridades de saúde, a ação conta com o número máximo de 10 participantes, devidamente paramentados, com máscaras, e com a disponibilização de álcool em gel. Antes da fase de isolamento e de distanciamento social, a quantidade era de até 16 pessoas. O primeiro módulo foi Produção de Mudas Nativas.

O instrutor André Moraes Gonçalves, que é engenheiro agrônomo, explica que o objetivo é ensinar os participantes a produzir mudas de espécies nativas do bioma local para o florestamento de áreas de preservação, com o uso de sementes. “Como o Noroeste Paulista é uma área de transição de Mata Atlântica e Cerrado, estamos falando aqui de espécies como bacupari, pau-formiga, casco de vaca, baba de boi, monguba, ipês, guapuruvu e oiti, entre outras”, comenta ele.

A produtora rural Rosimeire Roberto da Silva, de Araçatuba (SP), conta que decidiu fazer o curso para adquirir conhecimento técnico sobre a construção do viveiro, e passar a produzir mudas no sítio da família. “Tudo o que estamos vendo no curso é muito interessante. Quero ter um viveiro e depois arborizar a propriedade com árvores nativas e também frutíferas, para atrair mais aves. A natureza é maravilhosa e precisa ser preservada. Eu realmente me preocupo com isso”, conclui Rosimeire.

Das Fontes à Foz

O coordenador das ações do SENAR-SP junto ao SIRAN, o zootecnista Carlos Belluzzo, reforça a importância que o sindicato dá à preservação lembrando o projeto Das Fontes à Foz, no qual a entidade promove a recuperação das APPs (Áreas de Preservação Permanente) exigida por lei para propriedades de até 120 hectares, e que pode ser feita gratuitamente para associados do sindicato. “É uma prova de que, para o SIRAN, a recuperação e a preservação do meio ambiente são essenciais”, garante Belluzzo.

De acordo com o profissional, os dois módulos do curso Viveiros abordam de forma ampla todas as situações que envolvem a atividade. “Os participantes recebem todas as informações necessárias, tanto teóricas quanto práticas, da legislação à qualidade da semente, passando pela casa de germinação, formas de reprodução, coleta de sementes nativas, tratamento fitossanitário, preparo de substratos, recipientes, semeadura, irrigação, desbaste, luminosidade, transplante, controle de pragas e doenças. Com cursos como este, somados a outras ações, esperamos fazer da nossa região um exemplo de recuperação de áreas degradadas e de preservação ambiental eficiente”, finaliza Carlos Belluzzo.

O SIRAN
 
Criado em 25 de outubro de 1942, O Sindicato Rural da Alta Noroeste (SIRAN) foi do pioneirismo dos produtores rurais, responsáveis direto pelo desenvolvimento da cidade e que tinham uma visão do futuro. Inicialmente, o grupo formou a Associação de Invernistas e Criadores da Alta Noroeste, com a finalidade de constituir uma sociedade para a defesa dos interesses da classe, tendo sido então escolhida, por aclamação, a diretoria liderada por Carlos Soares de Castro. De lá para cá, o sindicato vem desenvolvendo um trabalho de união entre os produtores rurais, somando esforços para defender a classe produtiva.
 
Atualmente, o SIRAN representa produtores de Araçatuba, Santo Antônio do Aracanguá, Guararapes, Nova Luzitânia, Gabriel Monteiro, Gastão Vidigal e Rubiácea.
Fonte: Marcelo Teixeira

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