Produtores rurais de Nova Luzitânia participam de curso sobre aquaponia

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23/11/2022- Produtores rurais de Nova Luzitânia participam de curso sobre aquaponia

Quinze produtores rurais de Nova Luzitânia (SP) participaram de um curso sobre aquaponia promovido pelo SIRAN, em parceria com o Senar-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). O objetivo foi promover o aprimoramento do manejo e os índices de produtividade e sustentabilidade de forma contínua.

As aulas foram ministradas na creche municipal, onde os participantes receberam informações sobre o cultivo, na teoria e na prática, montando uma estrutura modelo. O engenheiro agrônomo e instrutor do Senar-SP, Odenir Rossafa, diz que a técnica apresenta diversas vantagens. “A aquaponia pode ser utilizada para cultivar uma série de hortaliças, como tomate, por exemplo. É um sistema mais barato que o hidropônico e cabe em qualquer perfil de propriedade, até mesmo lotes dentro da cidade, com sistemas compactos que utilizam caixas d’água”, explica.

A aquaponia é um sistema que associa a produção de hortaliças com a criação de peixes. O alimento das plantas vem dos excrementos dos animais e de restos de ração – materiais orgânicos absorvidos pelos vegetais. Nesse ciclo, a água acaba sendo reutilizada, uma vez que passa pelas hortaliças com a matéria orgânica e volta purificada para os peixes.

Além de promover mais produtividade e otimização de recursos na propriedade, a aquaponia também se destaca pela sustentabilidade, pois, com reuso da água com perda diária por evaporação de 5%, há aproveitamento de 95% da água que volta limpa para o peixe, e a amônia que é excretada pelos animais serve como alimento para as plantas para as hortaliças.

“Durante as aulas, nós criamos um projeto-piloto que tem capacidade de produzir 192 pés de hortaliças, e, ao mesmo tempo, cerca de 30 quilos de peixe por ano, na caixa d'água de 500 litros. O peixe utilizado é a tilápia, originária do rio Nilo, e o seu ciclo dura aproximadamente seis meses, ou seja, com duas safras ao ano. Já a alface tem ciclo de 21 dias, ou seja, três semanas, e por isso a produção não para”, finaliza Rossafa.

A capacitação em Nova Luzitânia contou com apoio da Casa da Agricultura e da Prefeitura Municipal.

Fonte: Marcelo Teixeira

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