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20/03/2021- Vitórias do agro e do produtor rural


Quando o assunto é a economia brasileira, o agronegócio merece destaque. O PIB (Produto Interno Bruto) do setor cresceu 2,06% em dezembro e fechou o ano de 2020 com uma expansão recorde de 24,31%, na comparação com 2019, segundo Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com o resultado, o agro ampliou para 26,6% sua participação no PIB total do país, sendo que, em 2019, o percentual foi de 20,5%.

Tanto a cadeia produtiva da agricultura (24,2%) quanto da pecuária (24,56%) tiveram expansão expressiva no ano passado. Na parte agrícola, destaque para o movimento de alta de preços e o aumento da produção, com safra recorde de grãos e crescimento na oferta de café, cana-de-açúcar e cacau. Em relação ao ramo pecuário, a elevação dos preços das proteínas animais em relação a 2019 e a expansão da produção e do abate de suínos e aves e da oferta de ovos e leite refletiram o resultado do ano passado no PIB.

Chamam a atenção também os resultados positivos das exportações em fevereiro, que somaram US$ 6,5 bilhões, alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2020, segundo análise da CNA, feita com dados do Ministério da Economia. Já o superávit comercial do agronegócio foi de US$ 5,2 bilhões no mês passado. No acumulado de janeiro e fevereiro, as vendas externas atingiram US$ 12,1 bilhões. Em relação aos destinos das exportações, 67,5% foram direcionadas a dez mercados. A China foi o principal destino e respondeu por 26% da pauta comercial brasileira, seguida por União Europeia (16.5%) e Estados Unidos (8,1%).

Isso serve para consolidar junto ao produtor rural e aos representantes do setor a consciência de que a força do agro nacional é inegável. Tanto é assim que a união de entidades classistas fez com que o Governo do Estado de São Paulo reduzisse o ICMS do leite pasteurizado, em todas as operações, e das carnes vendidas por pequenos varejistas e açougues enquadrados no Simples Nacional. A alíquota de 4,14% do leite pasteurizado será zerada, proporcionando isenção, e para as carnes a alíquota base voltará a 7%. Este cancelamento dos aumentos do imposto tende a garantir as atividades do setor e reduzir a pressão sobre os preços dos alimentos. Mas as batalhas continuam para zerar o ICMS de outros produtos, exatamente no mesmo formato do ano passado.

E, ao contrário do que desavisados possam dizer, é preciso que a sociedade tenha em mente que um dos destaques do nosso agro é o avanço nos indicadores de sustentabilidade. De 1977 a 2018, a produção de grãos cresceu 425%, enquanto a área plantada aumentou pouco mais de 40%. A pecuária alcançou importantes ganhos de produtividade e eficiência, em um período de 20 anos, ocupando apenas 22% do território nacional e mantendo 66% da vegetação nativa preservada.

Produtividade, persistência e sustentabilidade são algumas das marcas que demonstram o sucesso do nosso agronegócio, que tem rosto, o do produtor rural. Por isso, e por tantas outras boas ações e exemplos, que o produtor rural merece todo o nosso respeito e consideração. Parabéns, produtor rural brasileiro, por continuar levando o Brasil pra frente!

*Fábio Brancato é presidente do SIRAN (Sindicato Rural da Alta Noroeste)
Fonte: Marcelo Teixeira

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